História

História

Localizado em uma das mais belas praias do Litoral Norte da Bahia, em Camaçari, o Condomínio Busca Vida (CBV) tornou-se referência no convívio harmonioso entre o homem e o meio ambiente. 

Em parceria com diversas comissões de moradores, sua administração atua ativamente para levar os princípios de sustentabilidade e amor à natureza a todos os que habitam o seu entorno, através de ações educativas e de projetos sociais com parcerias especializadas. 

A Área de Proteção Ambiental (APA) possui aproximadamente 6,5 milhões de metros quadrados limitados entre o Rio Joanes, a Estrada do Coco (com entrada principal no Km 8 da BA-099), o Oceano Atlântico e o bairro e praia de Jauá. 

Maior que muitos municípios baianos, o CBV possui quatro vias internas que somam cerca de 11 quilômetros, 1.297 subglebas, 19 subcondomínios, um spa, um hotel e uma Associação de Pescadores. 

Possui mais de 1.250 unidades habitacionais e cerca de 5.200 moradores que convivem com centenas de espécies de plantas e animais, em um cenário cercado por matas, dunas, lagoas que chegam a 4,0 Km de extensão, 7,0 Km de praia e 3,0 Km de orla fluvial e lagoas. 

Sua criação remonta a 1963, quando foi criado na área da antiga Fazenda Busca Vida, que pertencia a Geovaldo Soares de Pinho e suas irmãs Dinorah e Maria Helena. A ideia inicial era transformar seus 647 hectares em um condomínio rural onde os proprietários pudessem cultivar plantações e criar animais. Por isso, eram apenas 70 glebas com áreas extensas, que variavam entre 20 e 400 mil m². 

 

Subcondomínios e planos diretores

            

                                                           Foto antiga portaria principal – Condomínio Busca Vida

Os idealizadores do condomínio foram os amigos e, na época, colegas do Exército, Norberto Odebrecht, Francisco Miguel do Prado Valladares e Geovaldo Soares de Pinho. Os dois primeiros estavam à frente da Companhia de Melhoramentos da Bahia – Comeba, e Busca Vida foi um dos primeiros empreendimentos imobiliários do grupo.

Em meados da década de 1980, com a valorização da área, a atividade rural diminuiu e teve início o desmembramento das glebas e a venda irregular das propriedades. A solução foi encontrada no primeiro Plano Diretor do CBV, criado em 1986: permitir que várias pessoas comprassem a mesma gleba e ali formassem um novo condomínio. Em contrapartida, cada um desses novos proprietários pagaria ao Condomínio Busca Vida uma taxa proporcional à quantidade de compradores por gleba. Foi assim que surgiram os subcondomínios dentro de Busca Vida. Hoje, existem 16 no local.

Considerados ferramentas fundamentais para o desenvolvimento sustentável de Busca Vida, os planos diretores detalhavam a características e particularidades de cada área e ecossistema do local. Um novo plano diretor de desenvolvimento urbanístico do condomínio foi feito em 2001/2003. O terceiro, está em fase de produção.

 

Primeiros habitantes

                    

Busca Vida foi o território de um dos primeiros e mais importantes aldeamentos jesuíticos do Brasil. A Aldeia do Divino Espírito Santo estava situada às margens do Rio Joanes, muito perto ou mesmo nas terras que hoje dão nome ao condomínio. A ideia de reunir a população indígena do litoral norte num campo de concentração situado além do Rio Joanes, a fim de proteger melhor os engenhos do Recôncavo, foi de Mem de Sá, terceiro governador geral do Brasil. Ele visualizou o rio como um cinturão de defesa natural no norte da cidade. Relatos históricos contabilizam que cerca de 4 mil Tupinambás chegaram a viver na localidade. Em 27 de setembro de 1758, a aldeia foi elevada à condição de Vila: Vila de Abrantes.

 

Morro do Sinal

A posse das terras em Busca Vida envolveu personagens históricos como Garcia D’Ávila, o Conde dos Arcos, Thomé de Sousa, a Marquesa de Niza e o Conde de Castanheira. Eles foram proprietários de grandes domínios, em áreas que hoje correspondem a diversas cidades.

Uma das curiosidades que data do período é o primeiro sistema de comunicação à distância do país. Foi construído por Garcia D’Ávila e teve como ponto de partida as terras de Tatuapara, hoje Praia do Forte. Na Torre erguida a 50 metros do nível do mar, uma base militar fiscalizava o movimento de embarcações que se aproximavam do porto da Bahia e, em caso de suspeita de perigo, acendia fachos de sinalização em seu baluarte.

O segundo ponto do sistema de comunicação era aceso na Aldeia de São João, hoje Jacuípe. Na sequência, eram acesos fachos na Aldeia do Espírito Santo, hoje Vila de Abrantes, e Busca Vida, precisamente no Morro do Sinal. O sistema tinha continuidade com pontos de sinalização em Itapuã e no Rio Vermelho, este último já visualizado pela fortaleza de Santo Antônio da Barra.

Assim, a capital era avisada a partir de Tatuapara de possíveis invasões de piratas e navios inimigos. A rede de comunicação funcionou, sobretudo, no período das invasões holandesas, já sob o domínio do sucessor de Garcia D’Ávila, seu neto Francisco Dias D’Ávila.

 

Origem do nome: em busca da vida

Vem dos mais antigos pescadores da praia de Busca Vida uma das explicações para a origem do nome do lugar. Segundo eles, era comum falar, antes de sair em busca do alimento nas águas do mar, que iriam “Buscar a Vida”, ou seja, o peixe, o alimento, ou mesmo a cura para doenças. Mas há outras explicações, como a que conta que os padres jesuítas procuravam ali as fontes de água da vida. De fato, uma antiga fonte localizada no condomínio é, ainda hoje, conhecida como Fonte dos Padres. Outra versão refere-se ao mar revolto que poderia levar embora a vida.

Camaçari, 17/09/2015